De acordo com o pesquisador, os casos em que não é possível confirmar se a vítima foi atacada pelo animal são desconsiderados
Publicado em 23/06/2012, às 17h45
Foto: Chico Porto/JC Imagem
Primeiro presidente do
Cemit, mas que deixou o cargo há pouco mais de um mês, o pesquisador e
professor do Departamento de Pesca da Universidade Federal Rural de
Pernambuco, Fábio Hazin, admite que o número de ataques de tubarão em
Pernambuco pode ser maior do que os 55 que constam na lista oficial.
De acordo com ele, durante os oito anos à
frente do comitê, os casos em que não era possível confirmar se a
vítima foi atacada pelo animal foram desconsiderados. “Quando não dá
para identificar o que ocorreu, pode ter sido tubarão, sim. Isso é
reconhecido. Nos casos em que o laudo indica afogamento ou causa não
identificada, nós não computamos como ataque confirmado. Alguns desses
casos podem ter sido resultado de ataque de tubarão? Podem. Nós temos
como saber? Não”, comenta Fábio Hazin.
Em relação ao caso do soldado da
Aeronáutica Darlan dos Santos Luz, o professor diz não lembrar de
detalhes. “Além do laudo do IML, o Cemit leva em consideração todo o
relato testemunhal do caso. O caso de Darlan, particularmente, era um
evento em que várias pessoas estavam se afogando. Havia relatos de
testemunhas que deixavam claro que o afogamento aconteceu de qualquer
maneira, então o Cemit considerou que, naquele caso, a probabilidade
maior era de que tivesse sido um afogamento e não um ataque”, explica.Fonte acessada 04/07/12: http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/cidades/geral/noticia/2012/06/23/quantidade-de-incidentes-pode-ser-maior-admite-fabio-hazin-46542.php
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