Foto: CanStock.
Por Cláudia Magalhães
Publicado em 06.12.2013, às 18h12
Na semana passada a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) deu uma enorme contribuição à saúde no Brasil ao lançar o primeiro Consenso Brasileiro de Fotoproteção. O documento, elaborado por 24 professores estudiosos de fotobiologia, deve funcionar como um protocolo de recomendações para médicos e profissionais de saúde, políticas públicas, laboratórios, pacientes e toda a população, a partir da incidência de radiação solar específica no nosso País.
Com essa iniciativa, a SBD colocou na mesa para debate com a sociedade um aspecto fundamental: a fotoproteção no Brasil tem de ser tratada sob a ótica da nossa especificidade! Com dimensão continental, a diversidade climática, a enorme miscigenação e a maior extensão territorial em proximidade com o sol, o Brasil não pode continuar replicando conceitos de fotoproteção de outros países como os Estados Unidos, que tem incidência de radiação solar mais baixo do que o nosso!!!
A pele é o maior órgão do corpo humano e propicia a interface do organismo com o ambiente externo. Por isso, ela é um dos nossos órgãos que mais sofre com os efeitos ambientais. E o sol é o fator externo que tem maior importância para a pele, tanto do ponto de vista dos benefícios, quanto dos malefícios. No nosso caso, onde temos uma cultura muito arraigada de exposição ao sol, seja na praia, no campo, nos esportes, nas atividades de lazer e, até mesmo, em trabalhos externos, a fotoproteção torna-se indispensável.
Não devemos esquecer ainda que o Brasil é o país com maior insolação do mundo, pela sua posição geográfica. A incidência de radiação solar mais elevada somada ao maior tempo de exposição solar exige proteção solar permanente. Sem isso, não tem jeito:as chamadas fotodermatoses, tais como as queimaduras solares, o envelhecimento, as manchas e os cânceres de pele não melanoma e melanoma, aparecem com grande incidência.
De acordo com o Ministério da Saúde, no ano que vem, 182 mil pessoas devem desenvolver câncer de pele não melanoma, ou seja, o equivalente a 31,5% do total de casos de câncer. O Consenso traz recomendações que levam em conta a incidência de radiação solar específica no País, observando os índices por cada região. A SBD orienta que a exposição ao sol deve ser evitada das 10 às 15 horas. No Nordeste, o sol já é considerado nocivo a partir das 9 horas. No Centro-Oeste, a recomendação vale até 16 horas, inclusive considerando períodos de horário de verão.
Além do mais, a SBD recomenda que o uso do protetor solar não deve ser dispensado nem sob o argumento de garantir a produção da Vitamina D. Os especialistas responsáveis pela elaboração deste Consenso observam que a quantidade de radiação disponível para a população brasileira é muito alta, de maneira que as pessoas não precisam ir ao sol intencionalmente para produzir vitamina D. A exposição ocasional já oferece quantidade de radiação suficiente para produzir o necessário de vitamina D. No mais, na presença da sua carência, a recomendação é a sua reposição oral.
Importante destacar também que a proteção solar, segundo o documento, não pode ser obtida apenas com uma única fonte e sim, da combinação de protetores solares, que tem que ter fator de proteção mínimo de 30, roupas, chapéus, a ingesta de nutricêuticos e até mesmo, a busca de locais de sombra para se proteger do sol. O lançamento do Consenso não deve ser visto como um fim e sim como um começo de um grande debate que mobiliza a todos nós, levando ao desenvolvimento de estudos e programas de fotoproteção adequados a nossa realidade. Apesar de sermos o País com maior insolação do mundo, existem inclusive, poucos estudos sobre a quantidade de radiação solar nas nossas diferentes regiõesl.
Em conclusão, baseados neste novíssimo Consenso, vamos poder desmistificar e otimizar o uso dos protetores solares no Brasil!!!
Com essa iniciativa, a SBD colocou na mesa para debate com a sociedade um aspecto fundamental: a fotoproteção no Brasil tem de ser tratada sob a ótica da nossa especificidade! Com dimensão continental, a diversidade climática, a enorme miscigenação e a maior extensão territorial em proximidade com o sol, o Brasil não pode continuar replicando conceitos de fotoproteção de outros países como os Estados Unidos, que tem incidência de radiação solar mais baixo do que o nosso!!!
A pele é o maior órgão do corpo humano e propicia a interface do organismo com o ambiente externo. Por isso, ela é um dos nossos órgãos que mais sofre com os efeitos ambientais. E o sol é o fator externo que tem maior importância para a pele, tanto do ponto de vista dos benefícios, quanto dos malefícios. No nosso caso, onde temos uma cultura muito arraigada de exposição ao sol, seja na praia, no campo, nos esportes, nas atividades de lazer e, até mesmo, em trabalhos externos, a fotoproteção torna-se indispensável.
Não devemos esquecer ainda que o Brasil é o país com maior insolação do mundo, pela sua posição geográfica. A incidência de radiação solar mais elevada somada ao maior tempo de exposição solar exige proteção solar permanente. Sem isso, não tem jeito:as chamadas fotodermatoses, tais como as queimaduras solares, o envelhecimento, as manchas e os cânceres de pele não melanoma e melanoma, aparecem com grande incidência.
De acordo com o Ministério da Saúde, no ano que vem, 182 mil pessoas devem desenvolver câncer de pele não melanoma, ou seja, o equivalente a 31,5% do total de casos de câncer. O Consenso traz recomendações que levam em conta a incidência de radiação solar específica no País, observando os índices por cada região. A SBD orienta que a exposição ao sol deve ser evitada das 10 às 15 horas. No Nordeste, o sol já é considerado nocivo a partir das 9 horas. No Centro-Oeste, a recomendação vale até 16 horas, inclusive considerando períodos de horário de verão.
Além do mais, a SBD recomenda que o uso do protetor solar não deve ser dispensado nem sob o argumento de garantir a produção da Vitamina D. Os especialistas responsáveis pela elaboração deste Consenso observam que a quantidade de radiação disponível para a população brasileira é muito alta, de maneira que as pessoas não precisam ir ao sol intencionalmente para produzir vitamina D. A exposição ocasional já oferece quantidade de radiação suficiente para produzir o necessário de vitamina D. No mais, na presença da sua carência, a recomendação é a sua reposição oral.
Importante destacar também que a proteção solar, segundo o documento, não pode ser obtida apenas com uma única fonte e sim, da combinação de protetores solares, que tem que ter fator de proteção mínimo de 30, roupas, chapéus, a ingesta de nutricêuticos e até mesmo, a busca de locais de sombra para se proteger do sol. O lançamento do Consenso não deve ser visto como um fim e sim como um começo de um grande debate que mobiliza a todos nós, levando ao desenvolvimento de estudos e programas de fotoproteção adequados a nossa realidade. Apesar de sermos o País com maior insolação do mundo, existem inclusive, poucos estudos sobre a quantidade de radiação solar nas nossas diferentes regiõesl.
Em conclusão, baseados neste novíssimo Consenso, vamos poder desmistificar e otimizar o uso dos protetores solares no Brasil!!!
Fonte: Ne 10
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