Pai de vítima de afogamento em praia
quer indenização de R$ 622 mil, no AM
Em menos de seis meses, praia registrou 12 mortes em 2012.
Família acusa Prefeitura de transferir culpa somente para as vítimas.
O pai de uma das vítimas da série de afogamentos ocorridos na Ponta Negra, na Zona Oeste de Manaus, entrou com um processo por danos morais contra a Prefeitura e a empresa responsável pelo aterro da praia. O pedreiro, que era pai de um jovem, de 18 anos, que morreu afogado no segundo semestre de 2012, pede indenização no valor de R$ 622 mil reais.
No processo, consta que a Prefeitura, por meio de secretários, acusou as vítimas dos afogamentos de terem sido imprudentes e ingerir bebida alcoólica antes de entrar na água. No entanto, o laudo do Instituto Médico Legal (IML) comprovou que não houve ingestão.
Alexandre Coelho da Silva, que é um dos advogados do pai da vítima, acusa a Prefeitura de transferir a culpa dos afogamentos somente para as vítimas. "Houve uma tentativa por parte da Prefeitura de tentar desqualificar as vitimas de afogamentos" afirmou o advogado.
Entenda o caso
O jovem se afogou na praia após ultrapassar, segundo o Corpo de Bombeiros, a rede de proteção na água, em 28 de outubro do ano passado. Ele foi retirado da água pelos salva-vidas ainda com vida, e passou por procedimentos de reanimação, mas não resistiu.A morte do jovem foi a 12ª registrada desde que a praia começou a passar por reformas e nivelamentos. Leia mais: Novo laudo ainda aponta desníveis de até 10 metros na Ponta Negra, no AM.
Em Pernambuco não houve nenhum estudo que comprovasse a eficiência desta engorda em Jaboatão dos Guararapes. Segundo o pesquisador Fábio Hazin diz que o aumento da faixa de areia aproxima banhistas dos tubarões. Confira o que foi dito na 65ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), no campus da UFPE.
Já no município de Paulista as praias do Janga e Pau Amarelo passam pelo mesmo mal da tal engorda. Geralmente no início é uma maravilha, mas depois começa os problemas, correntezas de retorno surgindo em locais que não tinha. Profundidades acima de 1,6 m com menos de dois passos que você dá na água, formando um verdadeiro buraco, causando perigo para as crianças que frequentam a praia. O risco de lesões articulares em decorrência dos buracos, sem falar nos futuros afogamentos por causa dos declives.
Interdição do balneário
Em menos de seis meses em 2012, a Praia da Ponta Negra, principal balneário de Manaus, registrou 12 mortes por afogamento em um trecho de cerca de 300 metros de extensão. A estatística poderia subir para 13, mas não há confirmação de que um corpo encontrado nas águas da praia perene no dia 16 de novembro seja decorrente de afogamento no local.
Na época, um comparativo com dados do Terceiro Grupamento Marítimo (3º GMar) do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro mostrou que o número de mortos por afogamento na praia de Manaus é quatro vezes maior do que o registrado na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, ao longo de oito meses.
Fonte: http://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2013/08/pai-de-vitima-de-afogamento-em-praia-quer-indenizacao-de-r-622-mil-no-am.html (Com modificações)
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário