Estudante do Espírito Santo afirma que sua mãe é um dos mortos. Grupo de imigrantes ilegais seguia para os Estados Unidos
Uma embarcação com brasileiros a bordo virou no mar do Caribe na
madrugada da segunda-feira (1º), por volta de 1h. O acidente ocorreu
próximo a Saint Martin, uma ilha que é território francês e holandês, no
arquipélago das Caraíbas.
Por telefone, a reportagem de ÉPOCA conversou
com a estudante Daiane Braga, de 22 anos. Moradora de Alto Rio Novo,
cidade do Espírito Santo, ela é filha do casal Sílvia da Silva Braga, 45
anos, e Adilson Gonçalves de Oliveira, 42 anos. Segundo Daiane, os pais
faziam parte de um grupo de 20 imigrantes ilegais que seguia no bote
para os Estados Unidos.
Além dos brasileiros, haveria dominicanos na embarcação. A estudante
disse que a mãe dela e outras duas pessoas morreram e há desaparecidos. O
pai de Daiane é um dos sobreviventes e ligou para a família no Brasil.
Adilson está na Guarda Costeira da Holanda em Saint Martin. Daiane
disse que os pais moraram em Nova York, nos Estados Unidos, por dois
anos no início dos 1990. “Minha mãe sempre quis retornar”, afirmou a
estudante. “Ninguém da família conseguiu convencê-la do contrário.”
Quando moraram nos EUA, Sílvia trabalhou como babysitter e Adilson foi
cozinheiro em um restaurante. Os pais de Daiane deixaram o Brasil há um
mês e estavam em Porto Rico aguardado o transporte para os EUA.
Parentes dos tripulantes avisaram o Ministério das Relações Exteriores
nesta terça-feira. Procurado por ÉPOCA, o Itamaraty afirmou, por meio de
sua assessoria de imprensa, que ainda não tinha como confirmar o
acidente e que acionou o consulado brasileiro em Caiena, capital da
Guiana Francesa. Um funcionário do consulado viajou até Saint Martin
para cuidar do caso.
No dia 5 de junho, uma embarcação que seguia das Bahamas para os
Estados Unidos, com 14 imigrantes ilegais, também virou após a Guarda
Costeira americana atirar no bote. Entre os tripulantes que foram
detidos na Flórida, dois eram brasileiros. Ninguém ficou ferido.
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