sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Rio Capibaribe terá seis bases fluviais de segurança


Postado em:  por:  — Seja Você o Primeiro a Comentar! ↓


O Rio Capibaribe, o principal do Recife, é cenário de uma ação inédita em segurança pública na capital pernambucana. Toda a calha vai receber seis bases fluviais fixas de policiamento para garantir a segurança do transporte  no rio, inclusive o turístico, e, de quebra, inibir o tráfico de drogas nas comunidades ribeirinhas, fugas de assaltantes que atuam no Centro e até mesmo afogamentos.
Primeira central será instalada em frente ao Fórum Thomaz de Aquino. Orçada em R$ 1 milhão, ela terá policiais militares, bombeiros e guardas municipais (NANDO CHIAPPETTA/DP/D.A PRESS)
O primeiro passo é construir uma base aproveitando os restos de um prédio em ruínas na Avenida Martins de Barros, no bairro de Santo Antônio, Centro do Recife. O lugar, na frente do Foórum Thomaz de Aquino, vai funcionar como uma espécie de sede do projeto e terá também um restaurante no primeiro andar, o que seria mais um pontapé para atrair turistas ao bairro.
O Corpo de Bombeiros está com o projeto arquitetônico da obra em fase de conclusão. Em cada base, haverá policiais militares, bombeiros e guardas municipais. “Será uma ação preventiva e repressiva ao mesmo tempo”, informou o secretário de Defesa Social, Wilson Damázio. O projeto, batizado de Capibaribe Seguro, funcionará paralelamente a outro projeto do governo do estado, o Rios da Gente, que prevê a implantação de um sistema integrado de transporte de passageiro com o uso de embarcações, ônibus e metrô.
A ideia já foi apresentada pelo secretário de Defesa Social ao prefeito do Recife, Geraldo Julio, que mostrou-se interessado em apoiar a iniciativa. Depois de concluído o projeto arquitetônico, será a vez de licitar o projeto executivo para o início das obras. A expectativa é que a construção seja iniciada até o final deste ano.
Atrativo 
O modelo a ser aplicado no Rio Capibaribe é semelhante ao usado ao longo da beira mar da Zona Sul. “Já temos algo parecido na orla de Boa Viagem, que são as plataformas erguidas na praia, onde PMs e bombeiros trabalham juntos 24 horas. Queremos levar isso também para o Centro”, comentou o secretário. “Em primeiro lugar, vamos oferecer mais segurança às pessoas que usam o transporte fluvial, mas a iniciativa também visa dar apoio às operações policiais realizadas no rio e no mar”, acrescentou Damázio.

Do Diario de Pernambuco, onde você pode ler a matéria completa na edição deste domingo.




Como trabalhar neste local totalmente insalubre,mais um 

perigo além do tubarão? confira:


Falta de esgoto sanitário é uma das causas da contaminação do Capibaribe


Foto: Paulo Paiva/DP/D.A.Press
Palafitas no bairro da Torre, Recife. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A.Press
A constatação de que o Capibaribe está contaminado por metais pesados alerta para os riscos socioambientais e exige a identificação das fontes poluidoras.
Não é tarefa difícil descobrir quem lança chumbo, mercúrio e zinco no rio.
Um passeio pelas margens do rio-símbolo do estado mostra no Recife, por exemplo, o quanto de esgoto e lixo domésticos sujam o Capibaribe.
Parte dessa sujeira vem de palafitas e casebres.
Mas há outras causas bem mais preocupantes, como os despejos industriais e a ausência de saneamento básico nas cidades ribeirinhas.
Raras cidades ao longo dos 240 quilômetros do rio, que banha 42 municípios pernambucanos, tratam o esgoto.
A capital serve bem de exemplo. Com cerca de 40% saneada, a “Veneza brasileira” despeja diariamente toneladas de material orgânico no Capibaribe.
O resultado não poderia ser diferente.
Em três quilômetros dragados até agora pelo projeto de navegabilidade, retirou-se 100 mil metros cúbicos de material contaminado.
Essa quantidade pode ser multiplicada por quase seis vezes, no mínimo, ao fim da dragagem dos 17 quilômetros previstos.
O projeto espera dragar 859 mil metros cúbicos de resíduos.
Detalhe: Tal volume é para se fazer um canal de navegação de 2,50 metros de profundidade e 36 metros de largura.
E o rio, como bem sabemos, é bem mais largo em vários pontos.

Todos os resíduos dragados do Capibaribe estão contaminados

Foto: Annaclarice Almeida/DP/D.A.Press
Foto: Annaclarice Almeida/DP/D.A.Press
Os resíduos dragados até agora do Rio Capibaribe, pelo projeto de navegabildade, no Recife, estão contaminados por metais pesados.
E não é pouco o material retirado. Desde meados de março deste ano, início da dragagem, retirou-se 100 mil metros cúbicos de resíduos.
A lama e as peças removidas do fundo do rio apresentavam, segundo as primeiras avaliações, chumbo, zinco e mercúrio.
Dos 100 mil metros cúbicos, 12% foram encaminhados pela Secretaria Estadual das Cidades, responsável pelas obras, para um aterro sanitário em Igarassu.
Os outros 88% permanecem no bota-espera às margens do Capibaribe, próximo à BR-10. Quando secos, serão levados para o aterro.
Ao todo, o projeto de navegabilidade, previsto para ser concluído em 2014, deve dragar 859 mil metros cúbicos de resíduos.
Se algum material não estiver contaminado, seguirá para um bota-fora oceânico que fica a cerca de 11 quilômetros da costa litorânea.
É esperar para ver o grau de contaminação do rio, o que será parcialmente conhecido no fim deste mês com o resultado de um laudo técnico.
Dependendo da quantidade encontrada, o chumbo, por exemplo, pode afetar a medula óssea, os rins e o sistema nervoso central e periférico.

Capibaribe, um rio poluído. E também contaminado por metais pesados

Foto: Annaclarice Almeida/DP/D.A.Press
Foto: Annaclarice Almeida/DP/D.A.Press
Além de poluído, O Capibaribe está contaminado por metais pesados.
A contaminação foi verificada no processo de dragagem do rio, iniciada em março e que transformará 13,9 quilômetros navegáveis no Recife.
Nos resíduos retirados do fundo do rio, encontrou-se mercúrio, chumbo e zinco.
As análises não indicam os índices de cada metal nos resíduos.
São esses número que dirão se quantidade dos produtos químicos verificados prejudicam as espécies existentes no rio e as pessoas.
Um laudo técnico do problema foi solicitado pela Secretaria Estadual das Cidades, à frente do projeto de navegabidade, ao Itep.
Mesmo sem o laudo, a secretária executiva das Cidades, Ana Suassuna, avalia que a presença de metais pesados não prejudica a saúde da população.
Isso porque, segundo a secretária, as pessoas não têm contato com o material contaminado e dragado do fundo do rio.
O laudo do Itep deve ficar pronto ainda neste mês.

Nenhum comentário:

Postar um comentário