segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Audiência pública discute o monitoramento de incidentes com tubarões


Publicação: 16/09/2013 11:07 Atualização: 16/09/2013 14:14

A reunião do Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões será nesta quarta-feira. Foto: Roberto Ramos/DP/D.A Press/Arquivo
A reunião do Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões será nesta quarta-feira. Foto: Roberto Ramos/DP/D.A Press/Arquivo
Uma audiência pública vai discutir a atuação do Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit). A reunião será realizada na  próxima quarta-feira, às 13h, no auditório do Ministério Público Federal (MPF).

A ideia da audiência partiu do MPF, do Ministério Público Estadual (MPPE) e da Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco (Alepe), por iniciativa da procuradora federal Mona Lisa Duarte Adbo Asiz Ismail, do promotor Ricardo Coelho e do deputado João Fernando Coutinho. A Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) preside o Cemit, atualmente sob a liderança da professora Rosangela Lessa, do Departamento de Pesca e Aquicultura.
Na próxima quinta-feira, a Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa de Pernambuco também realiza uma audiência pública para cobrar providências de prevenção a novos ataques de tubarão na orla da Região Metropolitana do Recife. A reunião está marcada para as 14 h, no Auditório do 6º andar do anexo I da casa. O encontro será presidido pelos deputados José Humberto Cavalcanti e João Fernando Coutinho.
Em julho deste ano, a estudante Bruna Gobbi, de 18 anos, morreu depois de ser atacada por um tubarão enquanto tomava banho de mar em Boa Viagem, zona sul do Recife. Com o caso subiu para 59 o número de ataques registrados pelo Cemit.
Antes deste caso, a morte mais recente por ataque de tubarão no estado tinha sido registrada em junho, na Enseada dos Corais. José Rogério Tavares da Silva, 41 anos, foi visto pela última vez na companhia de uma mulher, na tarde do dia 25 daquele mês, depois de ingerir bebida alcoólica. O corpo foi encontrado apenas três dias depois, na Praia do Paiva, ainda com roupas, mas com grandes marcas de mordidas, em especial nas pernas, o que levou à conclusão do IML de que a causa da morte teria sido a hemorragia dos ferimentos e não um afogamento seguido da ação do peixe.

SAIBA MAIS

59 vítimas de ataque desde o início da contagem, em 1992

31 surfistas
28 banhistas

24 mortes
35 feridos

53 Homens (89,8%)
2 Mulher (3,4%)
4 Não identificado (6,8%)

Trimeste
10 Jan-Mar (16,95%)
18 Abr-Jun (30,51%)
19 Jul-Set (32,20%)
12 Out-Dez (20,34%)

Cidade
27 Recife (45,76%)
21 Jaboatão dos Guararapes (35,59%)
06 Cabo de Santo Agostinho (10,17%)
03 Olinda (5,08%)
01 Paulista (1,7%)
01 Goiana (1,7%)

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