Neste
artigo para a newsletter da Proximus Tecnologia, vou me dirigir aos
nadadores iniciantes e aos que já se acham avançados, mas que talvez
tenham pulado alguma etapa por não adquirir orientações de um treinador
ou técnico, um profissional de educação física especializado no
triathlon. Quando falamos de natação no mar ou lago, falamos na maioria
das provas de triathlon, então falamos de imprevisibilidade. Num cenário
como este, até mesmo nadadores que se consideram experientes – e muitas
vezes realmente o são – se tornam aprendizes. Então, nada como começar
do básico.
Sabemos que em uma periodização de treinamento temos vários ciclos e o
primeiro e mais importante deles é o básico ou de base (fase de
preparação geral), pois como o nome já diz, é a base do treinamento de
toda uma temporada de competições. No ciclo básico preparamos o
atleta/cliente nas seguintes esferas:
>> Adaptamos articulações, ligamentos, tendões, músculos e ossos para prevenir lesões futuras;
>> Preparamos coração, pulmões e os sistemas energéticos para estímulos futuros mais fortes;
>> Aumentamos o volume (distância da natação, corrida ou ciclismo) de treinamento com menor desgaste;
>> Corrigimos os movimentos através de educativos para uma maior eficiência mecânica.
Neste período são percebidas as maiores mudanças no organismo:
bradicardia (redução dos batimentos cardíacos), emagrecimento, maior
disposição para atividades diárias, melhora no humor, entre outros.
Todos esses benefícios que citei acima e muitos outros que poderia
citar nos levam a pensar em movimentos específicos: nadar por horas
durante dias, pedalar muitos quilômetros ou correr como “forrest gump”.
Isso é sofrimento, inclusive no inicio, e muitas vezes perigoso.
Voltaremos agora para a natação no mar, que é o nosso foco neste artigo.
Imagine só um nadador com um excelente condicionamento físico. O cara é
“O Nadador”. Resolve começar a nadar no mar de uma hora para outra. Ele
sentirá correnteza, ondulações variadas, cãibras pela mudança de
temperatura e aumento de esforço que terá de fazer pela instabilidade do
mar, náuseas, beberá água por respirar como se nadasse na piscina, se
mudar a posição da cabeça, sentirá dores e fadiga no pescoço por não
estar acostumado à respiração frontal, e para terminar, pode até mesmo
se afogar por fadiga.
O que aconselho para ter sucesso em seus treinos é que:
1°- procure um treinador/técnico de triatlhon pois este te dará todas as orientações sobre o nado;
2° – nunca nade sozinho (tenha a companhia de outro que saiba nadar, o acompanhando sobre caiaque ou prancha);
3°- não vá para o mar com o compromisso de fazer distâncias e tempos,
continue treinando na piscina e faça um treinamento complementar no mar
pelo menos uma vez a cada sete dias – o ideal seria todos dias, mas
devido à geografia de onde cada um mora, isto fica difícil.
Torne o treino o mais lúdico possível. Brinque, se divirta, trabalhe
flutuação com pernas e braços, alterne só com as pernas, só com os
braços, nade com duas pernas e um braço, dois braços e uma perna. Para
treinar respiração frontal, leve uma bola e nade olhando para a bola o
tempo todo à sua frente (como no polo aquático), sinta o mar, os
movimentos da água, observe a natureza, use os educativos da natação no
mar e participe de competições pequenas para se ambientar ao novo meio.
Usando esses conselhos, com certeza perceberá em pouco tempo uma melhora em seu nado no mar.
Desejo bons treinos e retornem com seus resultados!!
Saudações
Prof .Mário Jorge Hilarino
Equipe treinada pelo professor Hilarino
FONTE: http://www.proximus.com.br/news/content/no_mar_como_um_peixe
Nenhum comentário:
Postar um comentário