quarta-feira, 17 de outubro de 2012

No mar como um peixe

Neste artigo para a newsletter da Proximus Tecnologia, vou me dirigir aos nadadores iniciantes e aos que já se acham avançados, mas que talvez tenham pulado alguma etapa por não adquirir orientações de um treinador ou técnico, um profissional de educação física especializado no triathlon. Quando falamos de natação no mar ou lago, falamos na maioria das provas de triathlon, então falamos de imprevisibilidade. Num cenário como este, até mesmo nadadores que se consideram experientes – e muitas vezes realmente o são – se tornam aprendizes. Então, nada como começar do básico.
Sabemos que em uma periodização de treinamento temos vários ciclos e o primeiro e mais importante deles é o básico ou de base (fase de preparação geral), pois como o nome já diz, é a base do treinamento de toda uma temporada de competições. No ciclo básico preparamos o atleta/cliente nas seguintes esferas:
>> Adaptamos articulações, ligamentos, tendões, músculos e ossos para prevenir lesões futuras;
>> Preparamos coração, pulmões e os sistemas energéticos para estímulos futuros mais fortes;
>> Aumentamos o volume (distância da natação, corrida ou ciclismo) de treinamento com menor desgaste;
>> Corrigimos os movimentos através de educativos para uma maior eficiência mecânica.
Neste período são percebidas as maiores mudanças no organismo: bradicardia (redução dos batimentos cardíacos), emagrecimento, maior disposição para atividades diárias, melhora no humor, entre outros.
Todos esses benefícios que citei acima e muitos outros que poderia citar nos levam a pensar em movimentos específicos: nadar por horas durante dias, pedalar muitos quilômetros ou correr como “forrest gump”. Isso é sofrimento, inclusive no inicio, e muitas vezes perigoso. Voltaremos agora para a natação no mar, que é o nosso foco neste artigo.
Imagine só um nadador com um excelente condicionamento físico. O cara é “O Nadador”. Resolve começar a nadar no mar de uma hora para outra. Ele sentirá correnteza, ondulações variadas, cãibras pela mudança de temperatura e aumento de esforço que terá de fazer pela instabilidade do mar, náuseas, beberá água por respirar como se nadasse na piscina, se mudar a posição da cabeça, sentirá dores e fadiga no pescoço por não estar acostumado à respiração frontal, e para terminar, pode até mesmo se afogar por fadiga.
O que aconselho para ter sucesso em seus treinos é que:
1°- procure um treinador/técnico de triatlhon pois este te dará todas as orientações sobre o nado;
2° – nunca nade sozinho (tenha a companhia de outro que saiba nadar, o acompanhando sobre caiaque ou prancha);
3°- não vá para o mar com o compromisso de fazer distâncias  e tempos, continue treinando na piscina e faça um treinamento complementar no mar pelo menos uma vez a cada sete dias – o ideal seria todos dias, mas devido à geografia de onde cada um mora, isto fica difícil.
Torne o treino o mais lúdico possível. Brinque, se divirta, trabalhe flutuação com pernas e braços, alterne só com as pernas, só com os braços, nade com duas pernas e um braço, dois braços e uma perna. Para treinar respiração frontal, leve uma bola e nade olhando para a bola o tempo todo à sua frente (como no polo aquático), sinta o mar, os movimentos da água, observe a natureza, use os educativos da natação no mar e participe de competições pequenas para se ambientar ao novo meio.
Usando esses conselhos, com certeza perceberá em pouco tempo uma melhora em seu nado no mar.
Desejo bons treinos e retornem com seus resultados!!
Saudações
Prof .Mário Jorge Hilarino
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Equipe treinada pelo professor Hilarino
FONTE: http://www.proximus.com.br/news/content/no_mar_como_um_peixe

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