segunda-feira, 1 de abril de 2013

Policiais militares apreendem motos na praia do Pina

Veículos estavam estacionados na areia e foram levados para o Núcleo de Segurança Comunitária do bairro

Publicado em 31/03/2013, às 20h01

Do JC Online

    Dois dias depois de um menino de 4 anos ter sido atropelado por uma motocicleta de 50 cilindradas, na Praia do Pina, Zona Sul do Recife, a Polícia Militar de Pernambuco reforçou a fiscalização na orla. Na manhã deste domingo, num intervalo de apenas duas horas, das 9h30 às 11h30, PMs recolheram sete cinquentinhas (como é conhecido esse tipo de veículo) estacionadas irregularmente na faixa de areia.
    “Recebemos orientação do 19º Batalhão (responsável pela segurança no bairro) para intensificar o policiamento na praia, no trecho mais próximo da água”, informa o tenente Luís Rocha, coordenador da operação realizada ontem. Estavam na mira dos PMs ciclomotor e automotor que estivessem circulando ou estacionados.
    Por determinação do 19º Batalhão, os veículos foram levados até o Núcleo de Segurança Comunitária do Pina, onde agentes de trânsito, acionados pela PMPE, tomavam as medidas cabíveis. De acordo com o tenente, a vigilância se aplica a qualquer veículo. “Por coincidência, pegamos sete cinquentinhas, que é do mesmo tipo envolvido no acidente com a criança, sexta-feira passada”, observa o oficial.
    José Carlos de Assis, 25 anos, proprietário de uma das motocicletas, disse que não sabia da proibição.     
    “Passei por um guarda de trânsito, circulando na calçada, e segui em direção à praia. Em nenhum momento o guarda reclamou porque eu estava na calçada e nem me impediu de parar na areia”, afirma.
    Ele foi abordado por três policiais quando se preparava para tirar a camisa, já com a motocicleta estacionada. “Quem explicou que era irregular e falou do atropelamento do menino, na sexta-feira, foi o PM. Se eu soubesse não tinha vindo para cá”, acrescenta José Carlos. Ajudante de eletricista, o rapaz foi à Praia do Pina com três amigos, todos menores de 18 anos e moradores de Olinda.
    Um dos adolescentes do grupo também dirigia uma cinquentinha e disse que tinha acabado de comprar o veículo. “Paguei a primeira parcela agora, a gente sempre vai à Praia de Casa Caiada, perto do antigo quartel. Nunca tinha vindo ao Pina e aconteceu isso”, lamentava ao jovem. “Temos todos os documentos”, declara.
    Maria dos Santos, funcionária pública, estava na Praia do Pina na manhã de ontem, com o irmão e um casal de filhos, e condena a circulação de motos na areia. “Deviam proibir mesmo, para segurança dos banhistas. Não só os veículos, mas também a bola. Minha filha gestante levou uma bolada no Carnaval, no Pina”, comenta.

Fonte: JC Online 

 

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