terça-feira, 15 de abril de 2014

Do tempo em que se surfava em Boa Viagem




Buscamos em nosso acervo registros da época em que o surf era uma atividade possível e bastante praticada na praia de Boa Viagem. Para quem viveu a época, as imagens servem para matar a saudade. Para quem não, servem para mostrar uma Boa Viagem que não temos mais.

As fotografias foram tiradas entre os anos de 1974 e 1975 e você pode conferir um álbum com mais imagens aqui: 

Crédito: Francisco Silva/Arquivo DP/D.A Press.

Facebook/jornaldiariodepernambuco

Se no Recife o surf é proibido, veja outra alternativa ...

Conheça o Bodyboard de escada


Fonte: Youtube.com

Conheça o navio que "cancela" as ondas do mar

É comum que algumas pessoas sintam enjoo quando embarcam em um cruzeiro. Mas esse é o menor dos problemas que o balanço do mar pode causar.
Imagine a dificuldade que os navios oficina têm para realizar seus trabalhos em plataformas de petróleo, por exemplo.
Há consertos que exigem certo nível de estabilidade para realização do serviço. Algumas vezes tudo precisa ser sincronizado, o que é ainda mais difícil.
Mas o problema acabou com a criação do chamado "navio-hotel", resultado de um consórcio da Hoppe Marine (Alemanha) e da Marintek (Noruega). Ele possui um sistema que simplesmente "cancela" as ondas do mar.
A anulação do impacto das ondas contra a embarcação o faz permanecer completamente estável. Tudo isso graças a alguns tanques que estão na parte inferior e laterais do casco do navio, em formato de "U".
Nestes tanques há uma grande quantidade de água, porém esta água é colocada em movimento contrário a força das ondas.
O movimento da água é controlado por um sistema de válvulas e canos, tudo gerenciado por um sistema informatizado. Este sistema coleta informações através de sensores que monitoram o balanço do navio.
Para manter o navio na mesma posição foram instalados seis propulsores zimutais. Eles possuem controle direcional, o que ajuda muito pois há um contrabalanço automático contra a força das ondas.
Resumindo, é realmente um tranquilo hotel sobre ondas.

Fonte:HISTORY

Entrevista com Daniel Botelho fotógrafo do National Geographic Brasil


O fotógrafo Daniel Botelho é colaborador da revista National Geographic Brasil já há algum tempo. Seus mergulhos com os animais mais perigosos dos oceanos estão chamando a atenção. Matérias com as fotos de Daniel têm sido publicadas em vários sites do Brasil e do exterior.
Mas ninguém conversou com ele a respeito das técnicas que envolvem esse tipo de mergulho com predadores de duas toneladas. Não se resume a pular na água, muito pelo contrário, há uma série de medidas de segurança. Batemos um papo – com informações e imagens exclusivas! – focados nesse aspecto e também na emoção de estar frente a frente com os tubarões brancos.
Como se vê pelo relato do Daniel, não há nada de monstruoso nesses animais. A fonte do medo é mesmo a ignorância. Espero que curtam.
Me fala da expedição: onde foi, qual o seu papel, por que esse lugar?
Fui lá para fotografar, mas embarquei como safety diver (mergulhador de segurança) também. O objetivo da viagem era levar turistas para sair da gaiola com os tubarões brancos. A expedição aconteceu na ilha de Guadalupe no México, um lugar cuja visibilidade nos permitiria mergulhar com varios brancos ao mesmo tempo.
O que faz um safety diver?
É um mergulhador de segurança. Os clientes faziam uma rotação, cada um por vez saía da gaiola por dez minutos. Era minha obrigação protegê-los e manter um ambiente pacífico na interação com os tubarões. O safety diver deve conhecer o comportamento do animal e antever uma mudança de comportamento, como uma agitação ou excitação por parte do tubarão. Nesse caso o mergulho pode ser abortado imediatamente.
E você precisou intervir em algum momento nessa viagem?
Sim, um deles foi quando uma fêmea de seis metros conhecida como Arden Grace se aproximou de um cliente da Austrália. O cara se assustou e nadou apressado pra longe, provocando uma excitação imediata no tubarão. Então, entrei na frente e mantive minha posição, e o tubarão mudou o comportamento de novo para o modo “não caçador”.
Como funcionava a rotação?
Mergulhavam comigo um cliente e outro safety diver. Descíamos os clientes na gaiola e pulávamos os dois safety divers direto na água. Quando havia certeza de que os tubarões estavams tranquilos, convidávamos o primeiro cliente para sair da gaiola por dez minutos, e assim se fazia a rotação. O cliente sempre ficava entre os dois safety divers.
Como é estar na água com o grande branco? Com quantos tubarões mergulharam ao mesmo tempo?
É preciso estar muito atento! Ainda mais porque mergulhamos com até seis tubarões brancos de uma vez, pelo menos é o que foi possível identificar. Um amigo pesquisador está analisando cada uma de minhas imagens na tentativa de identificar quais espécies foram captadas pelas lentes da minha camera. Alguns brancos conhecidos naquela área já foram identificados, como os machos Thor e Rudo, que medem quase seis metros, e também a fêmea Arden Grace.
Há diferença entre nadar com um tubarão branco ou com dois ou três de uma vez?
Todos os tubarões devem estar devidamente monitorados, isto é, quanto mais tubarões, maior a concentração na interação. Todos precisam se sentir observados e isso os mantém relaxados. O mergulhador deve, portanto, manter o contato visual de forma disciplinada. E quando dois tubarões vêm pela frente e um por trás tem que girar no proprio eixo, mostrando que o perimetro está coberto. Não é fácil.
Qual o nível de dificuldade de estar na água com esse animal?
Dificuldade máxima em termos de atenção e foco. Trata-se do que chamo de mergulho 3D, que consiste em manter o perímetro total coberto, tanto para os lados quanto para cima e principalmente para baixo, já que muitos deles se aproximam por baixo. O risco é administrável por meio desta “leitura” do animal. É necessário ter respeito e saber identificar as reações agressivas – e se for necessário, abortar as atividades. Há sinais bem claros de estress, mas costuma ser muito em função do comportamento do mergulhador, pois se você ficar tranquilo e estático, o tubarão percebe a adaptação ao meio e sabe que está sendo observado. A instabilidade do mergulhador e a falta de um excelente controle de flutuabilidade podem aguçar a curiosidade do bicho.
E em comparação a outros animais com os quais já mergulhou: lulas gigantes, crocodilo do Nilo, outras espécies de tubarão. Quais são mais perigosos?
Durante uma hora de mergulho com o tubarão branco não pode haver uma desatenção nem de 30 segundos. Apesar de não enxergar o homem como presa e de ser muito seletivo em sua alimentação, ele é letalmente curioso e, devido ao seu tamanho, uma mordida investigatória pode ser fatal. Já o crocodilo do Nilo e a lula gigante podem facilmente consumir um mergulhador: eles entendem que o homem pode ser um alimento. Por isso considero o crocodilo do Nilo em primeiro lugar, ainda mais porque seu humor pode mudar de acordo com a temperatura do ambiente, criando uma janela muito limitada para se mergulhar com eles em razoável segurança. As lulas gigantes em segundo e em terceiro o tubarão branco. A estatística de ataques de crocodilos do Nilo na África suplanta milhares de vezes o número de acidentes com tubarões brancos. Um ataque de tubarão branco seria muito mais um acidente ou um mal entendido.
Então por que foram consagradas as imagens dos tubarões brancos mordendo as gaiolas dos mergulhadores?
A cena dele mordendo é difundida por causa do cinema e da mídia sensacionalista. Para que ele ataque a jaula dos mergulhadores, basta amarrar um pedaço de atum numa corda e vir puxando em direção à gaiola, ou seja, é uma composição arranjada, onde se deixa o tubarão extremamente excitado com muito engodo e pedaços de peixe. Eu coloquei somente o necessário para atrair os animais, depois mantive um nível bem discreto de atrativos e o que encontrei foram tubarões de boca fechada. Se formos juntos a uma churrascaria, você vai fazer fotos minhas de boca aberta também.
Tubarões brancos são encontrados na costa brasileira?
As concentrações mais famosas de tubarões brancos no mundo são a África do Sul, Austrália, Califórnia, Ilha de Guadalupe, mar da Nova Inglaterra e Mediterrâneo, mas o tubarão branco é o animal mais endêmico dos mares, podendo ser encontrado, ao menos em tese, em qualquer parte dos oceanos. No Brasil já foram capturados alguns poucos indivíduos em São Paulo e no Rio de Janeiro. Eram animais com 5 metros

Edição da Revista National Geographic Abril/2014

EDIÇÃO 169/ABRIL DE 201403/04/2014

Fotos - Tubarão: praia do medo

O surto de ataques de tubarão no Recife é histórico. Cientistas descobriram as causas. Então por que pessoas continuam a morrer?

Em maio de 2000, na primeira edição de National Geographic Brasil, Peter Benchley confessou seus remorsos. Autor do livro que virou o famoso filme de Steven Spielberg, o americano lamentou ter causado tanto mal aos tubarões ao carimbar no nosso imaginário a figura de um monstro devorador de gente. Defendeu-se dizendo que, nos anos 1970, havia pouco conhecimento disponível. “Essas primorosas criaturas da evolução não são vilões, mas vítimas, e correm perigo com o declínio de suas populações”, escreveu. Os tubarões, ele enfim reconheceu, são acima de tudo predadores fortes, que podem confundir banhistas com suas presas habituais.
Tal condição explica o medo que o fotógrafo Daniel Botelho sentiu ao mergulhar em busca dos bichos em Pernambuco. Sua coragem foi premiada com a inédita imagem que abre a nossa reportagem de capa:Ataques de tubarão: praia do medo, um galha-preta nadando diante de conhecidas praias turísticas. A foto está à altura da apuração de Thiago Medaglia: assim como fez Benchley, ele afirma a necessidade de entendermos a natureza do tubarão – senhor de um ambiente selvagem, o mar, ainda que seja em uma orla urbana como a do Recife, onde fatores como desequilíbrio de ecossistemas e explosão demográfica contribuem para um problema de difícil solução.
Capa da edição de Abril/2014
 Este tubarão-tigre fotografado nas águas claras das Bahamas é da mesma espécie envolvida nos ataques em Pernambuco. Eles realizam longas travessias oceânicas e costumam acompanhar navios até zonas portuárias.


Os tubarões-tigres que nadam junto à mergulhadores nas Bahamas, são da mesma espécie envolvida nos ataques em Pernambuco.


Do alto, a barreira de arrecifes que nomeia a cidade fica ainda mais exposta na maré baixa. Nessas condições, as autoridades garantem o banho seguro. Para além da barreira natural, as chances de ser atacado aumentam.


Um tubarão-galha-preta nada ao largo da orla urbana perto da capital de Pernambuco. A espécie é uma das suspeitas de atacar seres humanos na área. Mais informações sobre esta foto acesse o link: Ntagbmar


Em 2004, Thiago Augusto perdeu a perna em um ataque em uma praia não monitorada pelo Corpo de Bombeiros. Com uma prótese, ele voltou a surfar.


Os salva-vidas do Recife treinam apenas em piscinas.





Recife se espraia por entre ilhas, penínsulas, alagados e manguezais. Hoje um polo industrial, a cidade continua a avançar sobre o mangue


O skimboard, praticado em águas rasas, tornou-se uma modalidade segura para os adeptos de esportes do mar em Pernambuco.


Mudanças na paisagem ocasionadas pelo Porto de Suape teriam motivado o deslocamento de tubarões para as praias urbanas.



Com uma fantasia de gosto duvidoso, um orientador de programas oficiais de educação ambiental conversa com pessoas a respeito dos riscos de ataques de tubarões no mar.


A maioria dos incidentes desde 1992 ocorreu na praia de Boa Viagem. Na zona urbana, as pessoas podem subestimar os riscos de um banho. “O mar é um ambiente selvagem”, enfatiza o biólogo Otto Gadig.


Pés descalços na areia, um casal caminha de mãos dadas à beira-mar. Uma família aproveita o banho nas piscinas naturais. Garotos jogam bola despreocupados. Eis um dia típico na praia de Boa Viagem, cartão-postal do Recife. Essas pessoas nem desconfiam, mas olhos atentos acompanham seus passos. E o perigo espreita mar adentro.
Do interior de um posto salva-vidas, um bombeiro opera o sistema de videomonitoramento. Duas telas de computador exibem a movimentação na praia. Juntas, as câmeras dos 11 postos cobrem todo o perímetro da orla urbana. São 9,5 quilômetros de praia monitorados pelos olhos eletrônicos do Grupamento de Bombeiros Marítimo (Gbmar), parte de um novo, caro e moderno aparato de segurança implantado pelo governo de Pernambuco. Com o uso da tecnologia, as autoridades pretendem minimizar a ocorrência de furtos, casos de crianças perdidas, afogamentos e os eventuais encontros com tubarões.
Contudo, no dia 22 de julho de 2013, o sistema de monitoramento, em vez de disseminar a calmaria, materializa o pavor. Um ataque de tubarão a um ser humano é filmado. O zoom da câmera vai longe o suficiente para gravar os momentos de pânico vivenciados por Bruna Gobbi, turista paulista de 18 anos de idade. Levada pelo mar, Bruna ergue os braços em um pedido de socorro. Os bombeiros, que mais cedo haviam alertado a garota sobre a correnteza, nadam em sua direção, mas, antes de chegarem, uma enorme bolha de sangue surge na superfície da água. Os salva-vidas a alcançam de jet-ski. Na areia, a filmagem é feita pelas câmeras dos telefones celulares dos veranistas. Em questão de horas, a cena da perna esquerda de Bruna, dilacerada e com o osso da tíbia exposto, roda o mundo via internet.
Para piorar, apesar do ato heroico, o atendimento dos bombeiros recebeu críticas de especialistas. Um torniquete deveria ter sido feito na perna de Bruna e seus membros colocados para cima, de forma que o sangue restante fosse para a cabeça e o coração. A jovem morre no hospital.
(Pare ler a reportagem completa, baixe o aplicativo para nossa edição digital em iba.com.br)

Os verdadeiros monstros do mar


Não se trata de imensos e assustadores seres que habitam as profundezas do oceano, nem mesmo de animais mitológicos de grandes proporções e mais de uma cabeça. A Agência Catalã de Águas montou imagens curiosas com base em uma investigação sobre os maiores perigos do mar Mediterrâneo.
Tais “seres” estão presentes nos mares e oceanos de todo o mundo. São garrafas e sacolas plásticas, latas, camisinhas usadas, vidros e outras formas de desperdício humano. A imagem remonta verdadeiros animais aquáticos com os objetos poluentes criados pelo homem.

Fonte: HISTORY

Isto é um absurdo

Esta imagem foi retirada do Facebook da página pessoal do Robson Barros Dias. Não sei o local da foto se é antiga, alguém poderia dar mais informações. É lamentável que idiotas como estes, tiram fotos e exibem como troféu um indefeso golfinho que não fez nada para merecer isto. Cadê a punição para este ato bárbaro.